Entre o sono e o sonho casa a ideia com a memória
Ergue-se a faculdade do espírito que em glória
Guarda ideias amaradas à imagem da lembrança
De uma recordação passada, de tempos de abastança
Entre o sono e o sonho, vive o estado fisiológico
Da insensibilidade dos sentidos do ilógico
Num sono eterno, de justos sem juramento
Onde a utopia abraça a imaginação sem fundamento
Entre o sono e o sonho, está o bolo fofo e doce
De farinha, ovos, frito em azeite e mergulhado em calda que adoce
Ideias quiméricas vividas num sonho imenso
Em que o ronco turbulento, denuncia um sono intenso
Entre sono e o sonho, vive a mestria com que o sonho conduz o sono
levando o corpo, a mente, ao mais profundo abandono,
aproveitado pelo colectivo para rir, cantar, dançar, ser feliz
no seu sono e sonho por ninguém roubado, nem pelo que diz
Entre o sono e o sonho, está o Eu criança,
pintado num sonho imenso, reflectido no sono colectivo
que depois de acordado, fica a ideia, a imagem e a memória
contados em segredo ou praça, alimentando a alma em forma de história
2 comentários:
Muito bonito...mas porque entre o sono e o sonho????
Entre o sono e o sonho repousa esquecida a Bela Helena
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