18 março 2012

Jura


(Imagem retirada da net)


Jurou saudade eterna, e não eterno amor.
Decantou a saudade e guardou a dor.
Seus olhos explanavam o que a alma não conseguia dizer
Seu rosto lívido, era a jura de amor que ficou por fazer

Os braços caídos, eram o prenúncio de uma batalha perdida
E pelo fraco pulsar das veias, intuiu que fora vencida
em mais uma batalha da vida, vaticinada por uma jura
de saudade eterna e não eterno amor, que não perdura.

O tronco outrora firme agora descascado de pudor,
Poderia ser o espelho de uma alma cheia de rubor
Tentando sustentar um sentimento não jurado
Mas que consciente ou inconsciente foi saudado.

Jurou saudade eterna, e não eterno amor
Viveu a jura sem lhe sentir o sabor
Tamanho e agonico sentimento
Que irá perdurar por tempos mas sentido momento a momento.

11 março 2012

O Beijo



Caiu com a violência do beijo.
Beijo rasgado, molhado, profundo, leve, curado, ontem aprendido hoje usado.
Beijo inocente, vadio, sadio qui çá doente.
Caiu com a violência do beijo.
Beijo intenso, rude, carnal apaixonado, ontem aprendido hoje roubado
Beijo pensado, sábio, sentido qui çá envolvente.
Caiu com a violência do beijo.
Beijo meu, teu, dado, nosso, seu usado, dado, vosso
Beijo calado, falado qui çá a ti virgem dado.
Caiu com a violência do beijo e ali ficou sem se mexer.

Olhou-o nos olhos, rasgados molhados, profundos
E leu no rosto inocente, vadio, sadio envolvente
Que o beijo intenso, rude, carnal ontem aprendido
Fora hoje usado, em seu rosto dado
Com a magnânima força de quem ama e é amado.
Mesmo roubado